Depois de cinco anos de atividades em Pinheiros, bairro da Zona Oeste de São Paulo, a Mandarina vai fechar as suas portas. O anúncio foi feito pelas sócias Roberta Paixão e Daniela Amendola em um post nas redes sociais. Elas explicaram que o contrato de aluguel vencerá em breve e a proprietária reajustou o valor para um valor além do que o viável para manutenção da livraria física. A loja ficará aberta até o próximo dia 5 de maio e depois restringirá o seu atendimento ao ambiente virtual.

A Mandarina é um marco importante na nova cena livreira paulistana. Foi uma das primeiras livrarias de rua a abrir as portas quando eclodiu a crise que afetou Saraiva e Livraria Cultura, duas importantes redes de livrarias que já não existem mais. Cinco anos atrás, quando a Mandarina abriu as portas, não havia livrarias como Gato sem Rabo, Cabeceira, Aigô, Ponta de Lança, Livraria do Brooklin, Megafauna, Queer, Eiffel, e nem mesmo a Travessa tinha chegado pra valer em São Paulo. Foi um marco e vai fazer falta.

Roberta e Daniela construíram uma rede muito legal na vizinhança, com atendimento muito próximo do público e uma curadoria excelente de eventos na charmosa casinha amarela da badalada rua Ferreira de Araújo. Esse buraco a loja virtual não deve tapar. Vai ficar uma lacuna.