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Blog – Nespe

O que aprendi no Publishers Summit 2025

18 jun 2025 | Entrevistas e Ensaios, Feiras de Livros e Eventos, Mercado

A convite do SNEL, mais uma vez, estive no Rio International Publishers Summit, programação que tem se tornado tradicional ao anteceder a abertura da Bienal Internacional do Livro Rio. Neste ano, o Summit recebeu a inscrição de 200 pessoas que compareceram para debater temas importantes para os profissionais do setor editorial.

A programação – curada por Martha Ribas, Luiz Alvaro Salles Aguiar de Menezes e Flávia Bravin – privilegiou assuntos que podem ditar o futuro da indústria. Dentre as tantas mesas, duas me deixaram ansioso. A primeiras delas, intitulada “Livros para ouvir: novos capítulos da narrativa em áudio pelo mundo”, reuniu a nata do audiolivro mundial. Simplesmente, no mesmo palco, Chantal Restivo-Alessi (HarperCollins), Amanda D’Acierno (Penguin Random House US), Paulo Lemgruber (Audible) e Videl Bar-Kar (Bookwire).

O encontro inédito em terras tupiniquins era um sonho antigo em curadorias que fiz anteriormente, por isso, meu interesse atento.

Da esquerda para direita: o moderador Videl Bar-Kar (Bookwire), Chantal Restivo-Alessi (Harper); Amanda D’Acierno (PRH); Paulo Lemgruber (Audible)

Ali a primeira grande lição. O efeito Tostines do mercado de audiolivros no Brasil pende para o lado do catálogo. Explico: para mim, pensar no mercado de audiolivros no país é pensar num paradoxo: tem poucos audioleitores porque tem pouco catálogo ou tem pouco catálogo porque tem poucos audioleitores?

A resposta me pareceu clara: só teremos um mercado efetivamente no país se os editores investirem na construção de um catálogo. Amanda, Chantal e Paulo, que é carioca, diga-se de passagem, foram incisivos neste ponto. “É preciso ter [a quantidade de títulos] suficiente para que os consumidores se engajem. Eles devem encontrar o que estão procurando”, defendeu Amanda.

Outra tecla que foi diversas vezes tocada durante a apresentação foi a importância da qualidade técnica dos audiolivros. Para isso, a escolha dos estúdios e de narradores é fundamental para definir o sucesso ou o fracasso de um audiolivro.

A segunda mesa que esperava com grande ansiedade, a esperava como fã. Pedro Dória e Cora Rónai, juntos, debatendo os efeitos das novas tecnologias – em especial da Inteligência Artificial – sobre o livro. É bom ouvir “sapos de fora” da nossa lagoa dando seus pitacos.

Com humor e leveza, ouvimos os desafios, as benesses e os riscos dos “robôs” no nosso setor. Se essas tecnologias substituirão o trabalho de pessoas, como essas pessoas podem se preparar para o futuro? Haverá futuro para elas (ou nós)? São perguntas sem respostas e quem viver verá!

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