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Bate Papo com Mariana Martins

2 set 2025 | Blog, Entrevistas e Ensaios

Mariana Martins fundou a Transpo Express em 1993 com o objetivo de criar soluções integradas na área de transportes e logística. Mais de 30 anos depois, a empresa se especializou no transporte de livros, se consolidou como uma das maiores empresas do setor e construiu conhecimento amplo sobre todos os processos de coleta, transporte e entrega de livros para editoras, distribuidoras, livraria e grandes redes de varejo, como Amazon e outras.

A novidade é que a empresa inaugurou, nesta segunda-feira, 1º, a sua sétima unidade, em Porto Alegre. Além da filial gaúcha e da sede em São Paulo, a Transpo tem representações no Rio de Janeiro, no Paraná, em Minas Gerais, no Distrito Federal e em Pernambuco.

Mariana concedeu entrevista ao Happy Hour Nespe para contar a novidade.

Happy Hour Nespe – A empresa tem mais de 30 anos de estrada, sendo 17 deles focados no segmento editorial. O que motivou essa especialização no transporte de livros?

Mariana Martins – Simples paixão por livros, e entendendo que não tem como misturar com outras mercadorias.

HH – Você enfrentou algum tipo de barreira para construir autoridade nesse setor?

MM – Se houve, eu estava tão focada em realizar um bom trabalho que não prestei atenção, sempre soube me posicionar.

HH – Nos últimos anos, vimos o crescimento das vendas on-line de livros. Como isso impactou a demanda pelos serviços da Transpo?

MM – Aqui na Transpo registramos um crescimento de 30% nas entregas diretas para players on-line. Isso impacta positivamente a operação e nós estamos preparados para acolher este crescimento, inclusive, atendendo a todos os centros de distribuição que operam livros do e-commerce brasileiro.

HH – O setor editorial brasileiro enfrenta constantes desafios: queda nas tiragens, fechamento de livrarias, concentração em grandes players. Na sua visão, como a logística pode ajudar editoras e livreiros a atravessarem esse cenário?

MM – Hoje a logística tem que ser um braço da editora, entender e se adaptar às novas demandas, agilizar os envios e minimizar os impactos que podem ocorrer no processo.

Quanto mais ágil for o processo de separação, manuseio e liberação, isso provoca menos impactos nas entregas e no abastecimento das lojas

HH – Qual você considera o maior gargalo hoje para quem trabalha com logística no país?

MM – Com certeza o alto custo, seja aluguel, insumos, combustível, pedágios, onde tudo leva a trabalharmos no limite, para tentar repassar o menor custo ao cliente.

HH – As grandes redes e marketplaces têm protocolos rígidos de entrega. O que foi mais desafiador para adaptar a logística da empresa a esses padrões?

MM – Como nos especializamos em entregas de livros, seguimos as regras de cada rede.

HH – O setor logístico fala cada vez mais de inteligência artificial e automação. Você vê essas ferramentas chegando também ao nicho editorial?

MM – Temos que separar a qual setor você se refere, eu como transportadora e logística só vejo vantagem.

HH – Agora vocês anunciam a chegada ao Rio Grande do Sul. Por que esse estado foi escolhido para a nova filial?

MM – Essa filial é um projeto de anos, que infelizmente foi adiado no ano passado com as enchentes que acabam devastando muito o estado. Sempre tivemos o desejo e muitos parceiros na região, que motivaram o investimento e abertura.

Acreditamos que será um grande passo para o crescimento.

HH – Há planos para expandir também para outros estados ou até mesmo internacionalizar a operação?

MM – Não descartamos nenhuma das hipóteses, estamos sempre abertos a novas propostas.

mariana martins

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