Há pessoas que fazem livros e há quem faça história através deles. Ênio Silveira pode se enquadrar na segunda situação. Mais que um editor, ele se tornou um símbolo de resistência em um país sufocado pela censura imposta pela ditadura militar que governou o Brasil a partir de 1964. À frente da Civilização Brasileira, transformou o livro em arma, trincheira e gesto de liberdade.
No livro Ênio Silveira: o editor que peitou a ditadura (Alameda Editorial, 270 págs.; R$ 94), Sérgio França, que também é editor e doutor em História, reconstitui a trajetória de um dos personagens mais fascinantes da cultura brasileira.
Do jovem aprendiz que encontrou em Monteiro Lobato um mestre ao publisher que enfrentou a ditadura com ideias e palavras, o leitor acompanha o percurso de um homem que jamais se curvou.
Baseado em ampla pesquisa e em documentos inéditos, Ênio Silveira: o editor que peitou a ditadura revela as tramas de um mercado editorial em ebulição, os embates políticos, as paixões e as cicatrizes de um intelectual que acreditava no poder transformador dos livros.



