Idealizada pelo laboratório Com-Art, do curso de editoração da USP, a coleção Editando o Editor busca resgatar e registrar a experiência editorial no Brasil. Faz isso por meio de depoimentos de profissionais do livro que contribuíram para o desenvolvimento da cultura e do mercado editorial no país. Nomes como Jacó Guinsburg, Ênio Silveira e Jorge Zahar já foram perfilados pela coleção.
Agora, a editora Maria Amélia Mello inaugura a presença feminina na coleção com o livro Editando a Editora 10 – Maria Amélia Mello (Com -Art/EdUsp, 200 pp, R$ 52). Nele, Maria Amélia Mello relembra sua rica trajetória pessoal, de poeta, jornalista e editora, destacando o trabalho que desenvolveu em importantes editoras do país: a Civilização Brasileira, a José Olympio, e na Editora Autêntica atualmente.
“A edição para mim é afeto. É dádiva, troca, diálogo. Alguém sempre pergunta se é um negócio. Evidente, porque estamos falando de uma empresa, e uma empresa tem que pagar seus funcionários, pagar a conta de luz, não cair no vermelho. Mas não é apenas isso”, declarou a editora em depoimento ao livro. “Ser editor é, sobretudo, acompanhar o percurso do livro, participar das diversas ações para que ele ganhe evidência, espaço na mídia, nas redes sociais e chegue ao leitor”, Maria Amélia Mello completa.