Além de repórter, o goiano Rogério Borges é professor do curso de jornalismo da PUC-GO. Ao longo de quatro anos, ele desenvolveu, na própria universidade, um projeto de pesquisa. O objetivo era investigar o processo criativo de biografias e autobiografias. O resultado está no livro Contar para viver (504 pp, R$ 120), que acaba de ser lançado pela Insular.
No livro, o autor investiga as muitas maneiras de se fazer biografia e autobiografia, sobretudo quanto à elaboração dos discursos dentro do gênero, a partir de diferentes vieses e autores.
O livro fornece contribuições sobre os diferentes processos de composição de obras de natureza biográfica ou autobiográfica.
O volume está dividido em três partes. No primeiro, Rogério analisa as biografias e autobiografias escritas por jornalistas. No capítulo seguinte, ele se debruça sobre aquelas produzidas por historiadores e, por fim, observa as escritas por autores de ficção.
“Entramos nos debates teóricos sobre memória e narrativa, que são duas questões muito importantes para esse estudo, para entender um pouco como a memória funciona e como se expressa tanto nas obras de pessoas que escrevem sobre si mesmas, quanto das fontes que elas ouvem”, explicou o autor em entrevista ao diário goiano O Popular.
Para o livro, Borges investigou obras escritas por nomes como Ian Kershaw, Martin Gilbert, Pierre Milza, Virginia Woolf, Lira Neto, Fernando Morais e Ruy Castro.