As grandes transformações das sociedades são acompanhadas por transformações paralelas nos sistemas de comunicação social. No Ocidente, a primeira “revolução midiática” foi desencadeada pela invenção da imprensa por Gutenberg, em meados do século XV.
No livro A Europa de Gutenberg: o livro e a invenção da modernidade ocidental (séculos XIII-XVI) (Edusp, 408 pp, R$ 76 – Trad.: Gilson César Cardoso de Sousa), o historiador francês Frédéric Barbier analisa essa revolução e estabelece comparações entre ela e fenômenos contemporâneos. Examina, inclusive, o resultado da invenção de Gutenberg com a revolução das mídias dos anos 2000.
Frédéric Barbier aponta que as principais características do legado gutenberguiano foram o desenvolvimento da organização técnica do campo literário moderno, a evolução da fiscalização e da censura, bem como a invenção do processo mesmo de midiatização.
O livro permite ao leitor compreender melhor as questões relacionadas à história da Cultura no mundo ocidental.