Neste momento, os olhos do mundo estão voltados para a Ucrânia, recém-invadida pela Rússia.
No último domingo (27), entidades representativas de autores e editoras da Estônia, Letônia e Lituânia publicaram uma carta aberta endereçada às feiras de Bolonha, Londres e Frankfurt.
No documento, as organizações bálticas pedem apoio das feiras à Ucrânia e que cortem relações com as instituições russas.
A resposta não tardou para vir. Frankfurt foi a primeira a se manifestar. “Tendo como pano de fundo a invasão da Ucrânia pela Federação Russa, uma violação do direito Internacional, a Feira do Livro de Frankfurt está suspendnendo a cooperação com as instituições estatais russsas encarregadas de organizar o estande coletivo russo na Frankfurter Buchmesse. A Feira do Livro de Frankfurt assegura às associações de editores ucranianos o seu total apoio”.
Bolonha também se manifestou dizendo que os organizadores da Feira do Livro Infantil e Juvenil estão acompanhando de perto os eventos atuais da Ucrânia e se solidarizou com os editores e autores do país.
Além disso, a exemplo do que fez Frankfurt, suspendeu a cooperação com todas as instituições estatais russas responsáveis pela organização do estande coletivo russo na próxima edição da feira.
A Feira do Livro de Londres condenou “veementemente a invasão” e informou que, por acordo mútuo, não haverá pavilhão russo no evento marcado para abril.
A International Publishers Association (IPA), órgão internacional que reúne editores de todo o mundo, também publicou uma carta oferecendo apoio à Associação Ucraniana de Editores e Livreiros.
Jose Borghino, secretário-geral da entidade, chamou a invasão russa de “criminosa”.
Já Bodour Al Qasimi, presidente da IPA, acrescentou: “A IPA se solidariza com as editoras em perigo em todo o mundo e, especialmente neste momento, com os membros da Associação Ucraniana de Editores e Livreiros. (…) Em tempos de paz, os livros têm uma poderosa força de união. Em tempos de conflito, os livros são ainda mais importantes para promover a esperança, apoiar a reconciliação e consolidar a paz”.